Os Estados Unidos marcaram um novo capítulo controverso em sua história recente ao realizar a quinta execução por asfixia com nitrogênio. Este método, amplamente criticado pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela União Europeia, foi empregado na Louisiana, onde Jessie Hoffman Jr., de 46 anos, foi declarado morto após inalar nitrogênio puro. A condenação de Hoffman remonta a 1996, quando ele foi culpado pelo assassinato de Mary "Molly" Elliott.
Contexto e Críticas
A técnica de asfixia com nitrogênio consiste na colocação de uma máscara facial no condenado, conectada a um cilindro contendo o gás. Ao substituir o oxigênio, o nitrogênio induz a morte por hipóxia. Especialistas da ONU reprovam essa prática, classificando-a como uma forma de "tortura" e um "tratamento cruel, desumano ou degradante", destacando o potencial de causar sofrimento intenso aos condenados.
Histórico das Execuções
O Alabama foi o pioneiro ao adotar essa forma de execução em janeiro de 2024, quando Kenneth Eugene Smith foi executado. Desde então, essa técnica foi utilizada em mais quatro ocasiões: três vezes no Alabama e uma na Louisiana. A ONU e a União Europeia fazem eco às preocupações sobre a humanidade e a eficácia desse método, que ainda não passou por avaliações abrangentes.
Reações e Impacto
Enquanto as autoridades dos Estados Unidos defendem a execução como um meio legítimo de justiça, opositores sustentam que o método é uma violação da proibição constitucional contra "punições cruéis e incomuns". A execução de Hoffman representou um marco, pois foi a primeira na Louisiana após uma pausa de 15 anos na aplicação da pena de morte dentro do estado.
Futuro das Execuções nos EUA
A continuidade da pena de morte se revela um tema polêmico nos Estados Unidos. Vinte e três estados aboliram essa prática, enquanto outros permanecem sob moratória. A busca por métodos alternativos, como a asfixia com nitrogênio, sinaliza as dificuldades que os estados enfrentam para adquirir as drogas necessárias para a injeção letal, devido a restrições impostas internacionalmente.
Para mais informações acerca das execuções nos EUA e as críticas ao método de asfixia com nitrogênio, diversas reportagens detalhadas e análises jurídicas podem ser acessadas online.
