Na noite de quinta-feira (6), Ryann Hícaro Filipino Germano da Silva, de 18 anos, foi detido pela polícia suspeito de espancar até a morte o técnico de enfermagem Jonathan Rosa de Oliveira, de 33 anos. O crime ocorreu na praia Central de Piúma, no litoral Sul do Espírito Santo, onde a vítima foi encontrada morta na areia.
Conforme relatos de testemunhas, Jonathan estava na praia quando foi alvo de um ataque violento, sendo agredido com chutes e socos na cabeça por um grupo. A disputa de território entre pessoas envolvidas com o tráfico de drogas foi apontada como um possível motivo para o ataque. Portanto, a discussão teria início devido a Jonathan, que eventualmente se prostituía e vendia drogas no mesmo local.
A prisão de Ryann aconteceu rapidamente, pois ele tentou escapar após o crime, mas foi abordado pela polícia ainda no dia do ocorrido. O Boletim de Ocorrência (BO) da Polícia Militar detalha que os policiais receberam informações sobre o paradeiro do suspeito, que estava escondido na casa de seu avô e, ao perceber a chegada da polícia, ele tentou fugir pelo muro, sendo capturado pouco depois.
Desdobramentos da Investigação
Os policiais que atuaram na captura relataram que, após a detenção, não obtiveram respostas do jovem sobre sua participação no crime. Durante a abordagem, foi verificado que Ryann tinha um mandado de prisão em aberto, o que complicou ainda mais sua situação. A Secretaria de Justiça do Espírito Santo confirmou que o jovem já tinha passagem pelo sistema prisional desde julho de 2024, por tráfico de drogas.
O crime em si aconteceu quando Jonathan estava acompanhado de outros dois homens na praia. Eles também foram atacados, mas conseguiram escapar e solicitar ajuda médica. As vítimas foram levadas para um hospital local, mas até o momento, não se tem informações sobre suas condições de saúde.
Circunstâncias do Crime
A Polícia Militar detalhou que o corpo de Jonathan foi encontrado próximo a um quiosque, e que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado, mas pôde apenas constatar sua morte. Relatos de testemunhas indicaram que o grupo que atacou Jonathan não teve motivos aparentes para a agressão, sugerindo uma emboscada.
O tenente Márcio Lopes, envolvido nas investigações, afirmou que o local do crime era isolado, o que pode ter contribuído para a falta de testemunhas. Ele destacou a importância de localizar os outros suspeitos da agressão, pois a violência está relacionada a disputas por território no tráfico de drogas.
O corpo de Jonathan foi enviado para a Seção Regional de Medicina Legal da Polícia Científica, onde foi realizado o exame necroscópico, antes de ser liberado para os familiares.
Perda Trágica para a Família
Familiares de Jonathan expressaram sua dor pela perda. Ele trabalhava no Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Piúma, e sua prima Patrícia Oliveira Ferreira o descreveu como uma pessoa bem-humorada que sempre estava disposto a ajudar os outros. “Estamos devastados. Jonathan era trabalhador, cheio de sonhos e ambições. Nunca imaginei que ele morreria de forma tão cruel”, declarou Patrícia, relembrando como Jonathan sempre acolhia a todos ao seu redor.
O velório do técnico de enfermagem ocorreu na tarde de quinta-feira (6), em Cachoeiro de Itapemirim, e seu sepultamento foi agendado para a manhã seguinte.
Últimas Atualizações
O caso apura sob a investigação da Delegacia de Piúma e as autoridades continuam em busca de mais informações sobre a violência que culminou na morte de Jonathan. A comunidade aguarda um desfecho claro e a responsabilização dos envolvidos.
